Qual é a história da preservação de alimentos e por que Napoleão ofereceu esse prêmio?

A história da preservação de alimentos remonta a civilizações antigas, com métodos iniciais que incluíam salga, secagem e defumação. Já em 2.500 a.C., os antigos egípcios usavam uma combinação de sal e especiarias para conservar carnes, peixes e vegetais. Na China antiga, os picles eram feitos fermentando vegetais em salmoura e, na Índia antiga, as frutas eram preservadas cobrindo-as com mel ou açúcar.

No século XVIII, a preservação dos alimentos tornou-se cada vez mais importante devido às Guerras Revolucionárias Francesas. A necessidade de fornecer às tropas alimentos que não se estragassem durante as longas viagens marítimas levou o governo francês a oferecer um prémio de 12.000 francos a quem conseguisse desenvolver um método de conservação de alimentos por um longo período de tempo.

O prêmio acabou sendo concedido a Nicolas Appert, um confeiteiro francês que vinha experimentando vários métodos de conservação de alimentos. O método de Appert envolvia selar os alimentos em potes de vidro e depois ferver os potes em água. Esse processo, conhecido como enlatamento, matava com eficácia quaisquer microorganismos que pudessem causar deterioração, permitindo a conservação dos alimentos por até um ano.

A invenção de Appert teve um impacto profundo na indústria alimentícia e logo se tornou o método preferido de conservação de alimentos. O enlatamento permitiu que os alimentos fossem transportados por longas distâncias e armazenados por longos períodos de tempo, tornando-os mais acessíveis a pessoas em todo o mundo. Hoje, o enlatamento ainda é amplamente utilizado como método de preservação de alimentos e é creditado por salvar milhões de vidas ao prevenir doenças transmitidas por alimentos.