O que produzem as fazendas italianas?

Itália é um importante produtor agrícola na Europa e a produção agrícola italiana é muito diversificada. O país é o maior produtor mundial de vinho e o segundo maior em azeitonas, azeite e citrinos. A Itália também desempenha um papel significativo na produção de leite, carne e grãos, tanto a nível nacional como europeu.

A agricultura italiana é muito moldada pela geografia do país:desde os Alpes, no norte, até às costas mediterrânicas, no sul, o campo italiano é caracterizado por uma variedade de climas e paisagens, que oferecem condições óptimas para culturas tão diversas como o arroz no Vale do Pó e azeitonas nas regiões centro-sul.

Uma grande parte do sistema agrícola italiano baseia-se em explorações agrícolas familiares de pequena escala. De acordo com os dados mais recentes do Eurostat, a Itália tem mais de 1,8 milhões de explorações agrícolas, que empregam cerca de 1,2 milhões de pessoas, sendo que quase metade destas explorações produz para autoconsumo. Embora pequenas em termos de dimensão, estas explorações agrícolas são produtores significativos em termos de valor e emprego e desempenham um papel importante na manutenção da paisagem rural.

Principais culturas

O cultivo de grãos, tanto para alimentação animal quanto para consumo humano, é generalizado. Os principais grãos e cereais produzidos no país são trigo, cevada, arroz e milho. O cultivo do arroz, por exemplo, é uma tradição que remonta ao século XII, e as áreas de arroz cobrem hoje cerca de 232.000 hectares, quase inteiramente localizadas no vale do rio Pó, no norte da Itália. A maior região produtora de arroz é a Lombardia, centro da maior área de produção de arroz risoto da Europa, tipo preferido para pratos tradicionais italianos.

Nas regiões centro e sul, grandes extensões de terra são dedicadas ao cultivo da azeitona, com a Itália a albergar mais de metade da área olivícola mundial e a produzir quase metade da sua produção de azeite. A maioria das azeitonas italianas são cultivadas para produção de azeite, e o principal tipo de oliveira cultivada é a “Olea europaea sativa”.

Outro sector económico importante em Itália é a produção de vinho. De acordo com a Organização Internacional da Vinha e do Vinho, a Itália é o maior produtor mundial de vinho e o principal exportador. As áreas mais conhecidas pelos vinhos italianos são Piemonte, no Noroeste (lar dos prestigiados vinhos Barolo e Barbaresco); a região nordeste do Veneto, com o célebre Prosecco; Toscana, no centro da Itália; e o sul da península, mais famoso por seus Aglianico e Nero di Troia da Campânia e Puglia.

Pecuária

Ao longo das últimas décadas, a Itália deixou de ser uma economia essencialmente agrícola para uma economia cada vez mais impulsionada pelos serviços e pela indústria transformadora; no entanto, a criação de animais ainda desempenha um papel estrategicamente significativo em certas regiões.

O principal setor pecuário é a indústria de laticínios. A Itália é o primeiro produtor europeu e o terceiro no mundo na produção de leite, e cerca de 1.050.000 vacas são criadas para este fim. Ao longo dos anos, o setor modernizou-se e as grandes explorações leiteiras estão cada vez mais especializadas e equipadas com tecnologias modernas e energeticamente eficientes para satisfazer a procura do mercado.

Em termos de produção de carne, a Itália é o maior produtor europeu de mussarela de búfala e o segundo produtor de suínos na Europa. Contudo, a produção italiana de carne (suínos e bovinos) não consegue satisfazer a procura interna e a maior parte das necessidades internas é importada.

A pecuária, tanto para carne como para lacticínios, é uma parte fundamental da paisagem rural, e o sector agrícola como um todo enfrenta novos desafios que se tornaram mais proeminentes nos últimos anos, nomeadamente os causados ​​pelas alterações climáticas e pelo impacto de condições naturais extremas. eventos sobre produção agrícola e terras e florestas.